Desde o início de 2024, a varíola M, também conhecida como mpox, já foi confirmada em mais de 37 mil casos em 25 países, resultando em 125 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A República Democrática do Congo (RD Congo) lidera as estatísticas, com 60% dos casos e 40% dos óbitos registrados. 3x3zu
Além da RD Congo, países como Uganda, Burundi e Serra Leoa enfrentam aumento significativo nas infecções desde janeiro. Sete novos países relataram surtos pela primeira vez em 2025: Albânia, Etiópia, Malauí, Macedônia do Norte, Sudão do Sul, República Unida da Tanzânia e Togo.
A RD Congo continua registrando entre 2 mil e 3 mil casos suspeitos semanalmente. Apesar disso, a vacinação avança: até o momento, 1,9 milhão de doses foram distribuídas a 13 países e 724 mil já foram aplicadas. Japão e Emirados Árabes Unidos também realizaram doações diretas de mais 1,9 milhão de vacinas aos países afetados.
Durante pronunciamento nesta quinta-feira (5), o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, alertou que cortes de financiamento estão prejudicando a vigilância, a resposta aos surtos e a comunicação com populações vulneráveis. Ele destacou que as reduções em recursos destinados ao combate ao HIV/Aids afetam diretamente o controle da mpox em grupos de maior risco.
Embora o número de casos tenha caído recentemente no leste da RD Congo, o agravamento dos conflitos e da crise humanitária na região pode reverter os avanços obtidos.
Tedros reforçou a necessidade urgente de apoio ao Plano Global Estratégico de Preparação e Resposta à Mpox, que ainda enfrenta um déficit de US$ 147 milhões em financiamento. Ele defende uma resposta estratégica, com capacidade suficiente para identificar, conter e vacinar contra novos surtos da doença.