Israel lançou, na madrugada desta sexta-feira (13), um ataque aéreo de grande escala contra alvos estratégicos no Irã, em uma ofensiva sem precedentes que deixou mortos, feridos e aumentou drasticamente a tensão regional. A ação teve como foco as principais instalações do programa nuclear iraniano e resultou na morte de líderes militares e cientistas de alto escalão, intensificando os riscos de um conflito generalizado no Oriente Médio. 6n7134
Segundo o Exército israelense, mais de 200 aeronaves participaram da operação, que atingiu mais de 100 locais em território iraniano, incluindo instalações de enriquecimento de urânio, bases militares e centros de desenvolvimento de mísseis balísticos. As bombas também afetaram áreas residenciais, com relatos de centenas de civis feridos e prédios destruídos, especialmente em Teerã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a ofensiva como uma medida extrema para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, declarando que a ação continuará pelo tempo necessário. Ele confirmou ataques à instalação nuclear de Natanz e à infraestrutura do programa de mísseis do país.
Como resposta imediata, o Irã lançou mais de 100 drones contra o território israelense. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que todos os sistemas antimísseis estão operando para interceptar as ameaças. O governo israelense decretou estado de emergência, fechou escolas, restringiu atividades não essenciais e convocou dezenas de milhares de soldados para possíveis confrontos. Irã, Israel, Jordânia e Iraque fecharam seus espaços aéreos.
Entre os mortos na ofensiva estão o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas; o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária; e o general Gholam Ali Rashid, da base aérea de Khatam al-Anbiya. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, nomeou o general Habibollah Sayyari como novo chefe do Estado-Maior.
Entre os cientistas mortos estão Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, e Mohammad Mehdi Tehranchi, físico e ex-presidente da Universidade Islâmica Azad.
O Irã prometeu retaliar. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, afirmou que seu país exercerá o “direito legítimo” de resposta e que “Israel e os Estados Unidos receberão um golpe contundente”, segundo o general Abolfazl Shekarchi, porta-voz das Forças Armadas iranianas.
Os Estados Unidos negaram envolvimento na ação israelense. O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que a ofensiva foi unilateral e que a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região. O ataque ocorre em meio às negociações nucleares entre Teerã e Washington, que agora estão suspensas.
A comunidade internacional reagiu com preocupação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou por “máxima contenção”. Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia também manifestaram apreensão. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu que todas as partes recuem e priorizem o retorno à diplomacia.
O Irã pediu uma resposta da ONU e denunciou a ação israelense como uma ameaça inédita à paz e à segurança mundial. As próximas horas são consideradas decisivas para o futuro da estabilidade na região.